Primeiramente agradeço aos organizadores/ mediadores do Marrecos Paturebas o convite para fazer parte desta equipe de articulistas. Espero contribuir com o blog, que já é sucesso.
Antes de escrever sobre o presente e especular a respeito do futuro de Patos, rememoro um livro que fez parte da educação de minha geração e, acredito, da geração de muitos patenses: Patos de Minas: minha cidade, de Oliveira Melo.
Mesmo com as críticas que o livro comporta, lembro-me de que no primário estudávamos (E. E. Marcolino de Barros) o livro a fundo. A idéia era que conhecêssemos o município e toda a sua história e que soubéssemos a formação de Patos, de suas lendas, de seu povo, enfim, o que era Patos de Minas.
Talvez houvesse nesse estudo uma orientação educacional da Ditadura, uma idéia de que deveríamos ufanar nossa cidade e, conseqüentemente, nosso país. Dúvidas agora surgem: em outras cidades, maiores ou menores, existiam livros semelhantes? Houve algum, por exemplo, ‘Uberlândia: minha cidade’ ou, ainda, ‘Unaí: minha cidade’? E se estudávamos sob orientação da Ditadura e agora ela não mais existe, o que se estuda hoje de Patos de Minas no Ensino Fundamental I (1ª a 4ª série)? Ou não é mais necessário estudar o local onde nascemos?
11 comentários:
Olá Fred! Seja bem vindo!
Uma dúvida: Você realmente tinha a intenção de escrever o post numa fonte tão pequena ou foi algum probleminha de configuração?
(Paulo Alex, em meu computador, a fonte não está pequena.)
Fred, bem-vindo.
Você menciona a possibilidade de o estudo sobre o município ter sido uma orientação educacional da Ditadura. Também não sei se foi. Contudo, lembro-me de um claro resquício da Ditadura. Em 1981, quando eu cursava a quinta série, todos os dias, no Polivalente, tínhamos de cantar o Hino Nacional antes de início das aulas...
Estranho Lívio. No meu computador a fonte continua pequena. Enfim...
No Marista cantávamos também o hino em algumas datas especiais. No Cónego Getúlio havia um livrinho de Moral e Cívica que comentava todos os feriados nacionais e datas importantes. Me lembro bem que no dia 31 de março (ou seria 1 de abril? :-), não me lembro tão bem assim) se comemorava a vitória da "revolução de 64".
Olá, rapazes! No Marcolino, todos os dias antes de começar a aula, todos os alunos, em fila no pátio, ouvíamos o Hino.
Na minha época de 4ª série, que é um pouco posterior a de vocês (2002), ainda estudava-se nesse mesmo livro.Mas nós não tínhamos nenhuma noção do que foi a Ditadura Militar.
Paulo, quer dizer que "revolução" era o sinônimo de golpe?
Bem, não sou tão antigo como vocês mas já me disseram que no Marcolino também rezava-se o Pai Nosso antes do início da aula, correto, Fred? E até a sexta ou sétima série havia aula de Moral e Cívica uma vez por semana...
Correto, Manolo. Aliás, éramos colegas de sala... ou de série...
Fui mesmo um aluno precoce, Fred. Aliás, a sua memória está excelente... para um ancião!
Dizem as más línguas que o livro só foi adotado nas escolas públicas devido a um acordo comercial que privilegiava interesses particulares. Salvo engano, o aluno era obrigado a adquirir a edição atualizada (ainda que a atualização se limitasse ao mapa da cidade encartado na obra).
Em tempo: outras cidades também tiveram livros com a mesma temática, como Paracatu, Vazante e Unaí. Obras do mesmo autor de "Patos de Minas, minha cidade".
Olha moral e civica em são paulo também era ensinado. estudei em patos antes dos anos 80 , e sabe como nós tinhamos disciplina. E um detalhe a gente aprendia a ter educação e bvoas maneiras fui normalistas com muito orgulho . Escolha normal só tinha moças não era mista. E era uma escolha maravilhosa.
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