segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Festival Marreco de Música Independente

Conferi e apresentei ontem o Festival Marreco de Música Independente. O evento ocorreu no Galpão do Produtor, ao lado da rodoviária, tendo começado por volta de 14h30 e terminado por volta de 22h30. A organização do evento foi da Peleja Criação Cultural.

Como parte da programação, houve do dia 15 ao dia 20/12 oficinas sobre música, consumismo e improvisação corporal. Também ocorreu oficina sobre como divulgar música independente em tempos de internet.

Janela Verde, de Patos de Minas, foi a banda que abriu o festival. O grupo tem baladas vigorosas e um pé no passado – com direito a órgão modelo SM44 na terceira música. A esse apelo antigo, visível também no figuro, juntou-se o peso da segunda parte do show.

A seguir, apresentou-se a banda Radiotape, de Belo Horizonte. Não fazem questão de esconder as influências do pop/rock inglês de meados da década de 90 para cá. O som da banda é pop e dançante. Mesmo quando decidem soar mais pesados, não abrem mão das agradáveis melodias.

O terceiro grupo a se apresentar foi a Banda 4, de Sabará. Vieram a Patos de Minas com uma proposta sui generis: apresentar música instrumental. O trabalho tem um clima soturno e, por vezes, pesado. Os arranjos e os climas criados pela banda lembram os momentos psicodélicos do rock progressivo.

A banda Seu Juvenal, de Uberaba, que veio a seguir, não poupou: apresentou um som cru, nervoso, agressivo. Letras com preocupações sociais eram cantadas de modo visceral pelo vocalista. Fizeram o deleite da galera que curte um rock mais rápido, direto e pesado.

Também de Uberaba, veio a banda Acidogroove, com seu ótimo som melodioso e levemente melancólico. A despeito dessa leve melancolia, têm um som pop – não no sentido pejorativo do termo, não no sentido de um pop bobo e artificial.

O antepenúltimo grupo a se apresentar foi o Barabizunga, de Patos de Minas. É um barato o quanto deixam claras as misturas que compõem o som da banda: samba, baião, pop e/ou rock. Tudo isso com o senso de humor de quem deixa, felizmente, a impressão de querer se divertir fazendo música.

Também de Patos de Minas, a banda Vandaluz levou ao palco seu show histriônico, teatral e mordaz. Irônicos e irreverentes, não poupam nem religiões nem ricos nem pobres. Poesias são declamadas, a indiferença é massacrada. Os fãs cantaram as músicas do CD “Ascende”.

A banda que encerrou o festival foi o Porcas Borboletas, de Uberlândia. Também têm o senso de humor como forte característica do trabalho. Ironia e teatralidade perfazem o som do grupo. Só para se ter uma idéia: passaram o som, voltaram para o hotel em que estavam e aguardaram que eu os chamasse para o show. Atravessaram correndo a rua, subiram no palco e começaram a tocar.

Terminada a apresentação deles, um monte de gente subiu ao palco, a fim de celebrar a festa que se encerrava. Integrantes de várias bandas, o pessoal da organização e outros presentes finalizaram o vitorioso festival.

Acompanhei o evento em cima do palco. Pude ver de perto a animação e a garra com que o pessoal das bandas tocou. Chegavam entusiasmados e tocavam com vontade, mesmo quando o público ainda era pequeno, na primeira hora do festival.

Também gostei das várias vertentes apresentadas pelas bandas. Por fim, é sempre bom presenciar que apesar da dificuldade de se entrar no mundo das grande gravadoras, o cenário independente tem produzido muito, revelando bandas ousadas e com ótima qualidade.

Aos organizadores, parabéns pela iniciativa. Organizar qualquer evento não é fácil. Organizar um evento voltado para a música independente é mais difícil ainda. Que essa tenha sido a primeira edição do Festival Marreco de Música Independente.

Patenses na "Volta da Pampulha" - Furo na Folha

O jornal Folha Patense, na sua edição do último sábado, publicou nota sobre três patenses que participaram da Volta da Pampulha. Há pelo menos mais um patense que participou da prova e que não foi citado pelo periódico. É o meu amigo Henrique Guimarães e Silva, o popular "Rincão Quebradeira". Até onde eu sei Henrique foi o patense mais bem colocado, chegou em 522º lugar entre os mais de onze mil participantes da Volta. O resultado você pode conferir aqui. É a terceira participação do Rincão na prova e, a cada ano, ele melhora sua colocação. Parabéns Rincão!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Índice de Desenvolvimento Familiar em Patos de Minas

Há pouco, conferi na página do jornal O Estado de São Paulo dados sobre o IDF (Índice de Desenvolvimento Familiar) de algumas cidades do País. O IDF foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social com base nos dados do Cadastro Único, que tem informações sobre famílias assistidas pelo Bolsa-Família. O IDF varia de 0 a1. Quanto mais perto de 1, melhor o resultado, naturalmente.

Eis os resultados de Patos de Minas:

● Índice de Desenvolvimento Familiar: 0,61
● Acesso ao trabalho: 0,08
● Disponibilidade de recursos: 0,74
● Desenvolvimento infantil: 0,72
● Condições habitacionais: 0,89
● Acesso ao conhecimento: 0,51
● Vulnerabilidade: 0,72

Mais informações neste link.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

FESTIVAL MARRECO

No dia 21 de dezembro vai ser realizado em Patos de Minas o Festival Marreco de Música Independente. O evento começa às 14h, no Galpão do Produtor, ao lado da rodoviária. A entrada é franca.

As seletivas já foram feitas, de modo que a programação está definida.

As seguintes bandas vão participar: Janela Verde, Radiotape, Banda 4, Seu Juvenal, Acidogroove, Barabizunga, Vandaluz e Porcas Borboletas.

Não bastasse o festival em si, que já é uma louvável e necessária realização, oficinas, palestras e debates vão ocorrer. Para mais informações, não deixe de acessar o blog do evento: Festival Marreco.

Desde já, parabéns ao Coletivo Peleja, patenses que organizam a maratona musical. Arregimentar um festival de música independente não é fácil. Cada um, com seu desprendimento e entusiasmo, quer inserir a cidade na cena independente. Todo sucesso para eles.