segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Festival Marreco de Música Independente

Conferi e apresentei ontem o Festival Marreco de Música Independente. O evento ocorreu no Galpão do Produtor, ao lado da rodoviária, tendo começado por volta de 14h30 e terminado por volta de 22h30. A organização do evento foi da Peleja Criação Cultural.

Como parte da programação, houve do dia 15 ao dia 20/12 oficinas sobre música, consumismo e improvisação corporal. Também ocorreu oficina sobre como divulgar música independente em tempos de internet.

Janela Verde, de Patos de Minas, foi a banda que abriu o festival. O grupo tem baladas vigorosas e um pé no passado – com direito a órgão modelo SM44 na terceira música. A esse apelo antigo, visível também no figuro, juntou-se o peso da segunda parte do show.

A seguir, apresentou-se a banda Radiotape, de Belo Horizonte. Não fazem questão de esconder as influências do pop/rock inglês de meados da década de 90 para cá. O som da banda é pop e dançante. Mesmo quando decidem soar mais pesados, não abrem mão das agradáveis melodias.

O terceiro grupo a se apresentar foi a Banda 4, de Sabará. Vieram a Patos de Minas com uma proposta sui generis: apresentar música instrumental. O trabalho tem um clima soturno e, por vezes, pesado. Os arranjos e os climas criados pela banda lembram os momentos psicodélicos do rock progressivo.

A banda Seu Juvenal, de Uberaba, que veio a seguir, não poupou: apresentou um som cru, nervoso, agressivo. Letras com preocupações sociais eram cantadas de modo visceral pelo vocalista. Fizeram o deleite da galera que curte um rock mais rápido, direto e pesado.

Também de Uberaba, veio a banda Acidogroove, com seu ótimo som melodioso e levemente melancólico. A despeito dessa leve melancolia, têm um som pop – não no sentido pejorativo do termo, não no sentido de um pop bobo e artificial.

O antepenúltimo grupo a se apresentar foi o Barabizunga, de Patos de Minas. É um barato o quanto deixam claras as misturas que compõem o som da banda: samba, baião, pop e/ou rock. Tudo isso com o senso de humor de quem deixa, felizmente, a impressão de querer se divertir fazendo música.

Também de Patos de Minas, a banda Vandaluz levou ao palco seu show histriônico, teatral e mordaz. Irônicos e irreverentes, não poupam nem religiões nem ricos nem pobres. Poesias são declamadas, a indiferença é massacrada. Os fãs cantaram as músicas do CD “Ascende”.

A banda que encerrou o festival foi o Porcas Borboletas, de Uberlândia. Também têm o senso de humor como forte característica do trabalho. Ironia e teatralidade perfazem o som do grupo. Só para se ter uma idéia: passaram o som, voltaram para o hotel em que estavam e aguardaram que eu os chamasse para o show. Atravessaram correndo a rua, subiram no palco e começaram a tocar.

Terminada a apresentação deles, um monte de gente subiu ao palco, a fim de celebrar a festa que se encerrava. Integrantes de várias bandas, o pessoal da organização e outros presentes finalizaram o vitorioso festival.

Acompanhei o evento em cima do palco. Pude ver de perto a animação e a garra com que o pessoal das bandas tocou. Chegavam entusiasmados e tocavam com vontade, mesmo quando o público ainda era pequeno, na primeira hora do festival.

Também gostei das várias vertentes apresentadas pelas bandas. Por fim, é sempre bom presenciar que apesar da dificuldade de se entrar no mundo das grande gravadoras, o cenário independente tem produzido muito, revelando bandas ousadas e com ótima qualidade.

Aos organizadores, parabéns pela iniciativa. Organizar qualquer evento não é fácil. Organizar um evento voltado para a música independente é mais difícil ainda. Que essa tenha sido a primeira edição do Festival Marreco de Música Independente.

Patenses na "Volta da Pampulha" - Furo na Folha

O jornal Folha Patense, na sua edição do último sábado, publicou nota sobre três patenses que participaram da Volta da Pampulha. Há pelo menos mais um patense que participou da prova e que não foi citado pelo periódico. É o meu amigo Henrique Guimarães e Silva, o popular "Rincão Quebradeira". Até onde eu sei Henrique foi o patense mais bem colocado, chegou em 522º lugar entre os mais de onze mil participantes da Volta. O resultado você pode conferir aqui. É a terceira participação do Rincão na prova e, a cada ano, ele melhora sua colocação. Parabéns Rincão!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Índice de Desenvolvimento Familiar em Patos de Minas

Há pouco, conferi na página do jornal O Estado de São Paulo dados sobre o IDF (Índice de Desenvolvimento Familiar) de algumas cidades do País. O IDF foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social com base nos dados do Cadastro Único, que tem informações sobre famílias assistidas pelo Bolsa-Família. O IDF varia de 0 a1. Quanto mais perto de 1, melhor o resultado, naturalmente.

Eis os resultados de Patos de Minas:

● Índice de Desenvolvimento Familiar: 0,61
● Acesso ao trabalho: 0,08
● Disponibilidade de recursos: 0,74
● Desenvolvimento infantil: 0,72
● Condições habitacionais: 0,89
● Acesso ao conhecimento: 0,51
● Vulnerabilidade: 0,72

Mais informações neste link.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

FESTIVAL MARRECO

No dia 21 de dezembro vai ser realizado em Patos de Minas o Festival Marreco de Música Independente. O evento começa às 14h, no Galpão do Produtor, ao lado da rodoviária. A entrada é franca.

As seletivas já foram feitas, de modo que a programação está definida.

As seguintes bandas vão participar: Janela Verde, Radiotape, Banda 4, Seu Juvenal, Acidogroove, Barabizunga, Vandaluz e Porcas Borboletas.

Não bastasse o festival em si, que já é uma louvável e necessária realização, oficinas, palestras e debates vão ocorrer. Para mais informações, não deixe de acessar o blog do evento: Festival Marreco.

Desde já, parabéns ao Coletivo Peleja, patenses que organizam a maratona musical. Arregimentar um festival de música independente não é fácil. Cada um, com seu desprendimento e entusiasmo, quer inserir a cidade na cena independente. Todo sucesso para eles.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Decamerão - o santo milagreiro"

Ontem, a partir de 19h15, no Teatro Municipal Leão de Formosa, aqui em Patos de Minas, ocorreu o espetáculo teatral “Decamerão – o santo milagreiro”.

A peça é uma adaptação da primeira das cem histórias que compõem o livro “Decamerão”, de Giovanni Boccaccio (1313-1375). A direção foi de Consuelo Nepomuceno (Unipam), coordenadora do grupo Tupam (Teatro Universitário de Patos de Minas).

A história de Boccaccio narra o ocorrido com o senhor Ciappelletto. Em tom de galhofa e prestes a morrer, ele decide se “confessar” a um bondoso frade. Tendo sido cafajeste a vida toda (“era o pior homem que viera à luz, em qualquer época” – tradução de Torrieri Guimarães), o próprio Ciappelletto argumenta, no leito de morte, que uma ofensa a mais, numa vida tão plena delas, não fará nenhuma diferença. Para o frade, narra pecadilhos infantis, ninharias, a despeito da vida nada virtuosa que levara.

Impressionado com o suposto caráter elevado de Ciappelletto, o frade cuida rápido de dizer a todos que tão nobre conduta durante toda uma vida só podia indicar santidade. Dá a “boa nova” a seus colegas, que contam para outros, que contam para outros. Ciappelletto é enterrado com honrarias, é sepultado como santo. Rapidamente, fiéis passam a procurar o túmulo do “santo” em busca de milagres, numa amarga ironia de Boccaccio.

A peça contou ainda com música, sob o comando do professor de música e percussionista Castor. Após o espetáculo, o professor Luís André Nepomuceno, coordenador do curso de Letras do Unipam, contextualizou Boccaccio e sua obra numa Idade Média que assistia então ao surgimento do Humanismo. Infelizmente, devido a compromisso de trabalho, não pude acompanhar toda a fala do professor. Entretanto, ele próprio me disse posteriormente que houve uma interação proveitosa, a partir do momento em que o público se sentiu à vontade para opinar e fazer perguntas.

“No teatro, mudar uma peça de maneira radical muitas vezes é – por mais contraditório que possa parecer – a melhor maneira de ser fiel a um dramaturgo”. Esse trecho é de Gabriela Mellão, em crítica sobre montagem da peça “O Quarto”, de Harold Pinter, sob a direção de Roberto Alvim. Gabriela Mellão ressalta que as liberdades de Roberto Alvim, paradoxalmente, não deturparam o trabalho de Harold Pinter.

Comento isso pelo seguinte: o “Decamerão” não é texto escrito originalmente para o teatro. Ainda assim, o grupo Tupam foi feliz na adaptação que fez. As liberdades (sem radicalismos) tomadas quanto ao original e quanto a recursos cênicos mantiveram o saboroso humor de Boccaccio. Aqueles que têm familiaridade com o "Decamerão" reconhecem de imediato a atmosfera da história de Ciappelletto, a despeito das mudanças. Ao mesmo tempo, o espectador não deixa de presenciar a corrosiva ironia. Em suma: a trupe acertou no tom.

Não sei se há a intenção de se reapresentar a peça. Caso isso ocorra, esteja lá. E em tempo: é um espetáculo que eu gostaria de fotografar.

domingo, 26 de outubro de 2008

GRUPO AMARANTO EM PATOS DE MINAS

Hoje, mais cedo, entre 20h15 e 21h05, assisti a um belo show na Praça do Fórum, aqui em Patos de Minas, com o grupo Amaranto.

Estão em turnê por cidades de Minas Gerais. Uberaba, Patos de Minas, Ituiutaba, Uberlândia, Nova Serrana e Pará de Minas são as cidades que estão recebendo o Amaranto.

O grupo é formado por Flávia da Cunha Ferraz Guedes, Marina da Cunha Ferraz e Lúcia da Cunha Ferraz. Em Belo Horizonte, as três irmãs cresceram em ambiente musical.

Turnê Três Pontes – Amaranto para crianças de todas as idades é um delicado e envolvente show para crianças. O palco é simples: um pano preto ao fundo. Sobre este, panos retangulares e floridos. Nos arranjos, as três afinadíssimas irmãs tocam violão e flauta; são também responsáveis pela sutil e bela percussão. Também no palco, o baixista Tiago Godoy, autor de algumas das canções que fazem parte do espetáculo.

Caso se interesse, vá até o Youtube, digite "Amaranto" e confira trechos de apresentações do grupo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Do blog Patos hoje reproduzo a nota:
"17.10.2008Ladrão é preso em flagrante pela nona vez só este ano em Patos de Minas
No início da tarde desta quinta-feira (16) a Polícia Militar recebeu um chamado para registrar uma ocorrência de furto a residência. O ladrão havia invadido uma casa e estava levando roupas, equipamentos eletrônicos e até os materiais de higiene, limpeza e alimentação. Em poucos minutos a viatura comandada pelo Cb Soares chegou ao local. Testemunhas deram as pistas do bandido e poucos minutos depois ele já estava preso. Os militares também conseguiram recuperar os materiais que haviam sido furtados da residência. Esta seria uma ocorrência como outra qualquer se o ladrão não tivesse tantas passagens pela Polícia. Eduardo Pereira Lúcio Neto, apesar de ter apenas 19 anos, já foi preso diversas vezes. Só este ano ele já foi conduzido oito vezes, sem contar nas prisões feitas pela Polícia Civil. Eduardo está com uma audiência marcada para o próximo dia 30, onde responde por furto e receptação de produtos furtados."
A notícia me leva a pensar o seguinte:
1: Se alguém não dá certo em uma profissão, acaba mudando, partindo para outra. Isso vale para ladrão também?
2: A polícia de Patos de Minas é muito mal avaliada - conforme pesquisa divulgada recentemente. Não seria o caso de colocar no mesmo balaio o Judiciário, por permitir que o sujeito volte às ruas?

domingo, 5 de outubro de 2008

Resultado das eleições em Patos de Minas

Terminada a apuração dos votos em Patos de Minas, Béia Savassi se tornou a primeira mulher a ser eleita prefeita da cidade. O resultado foi o seguinte:

Béia Savassi: 37.288 (49,71% dos votos válidos)
José Humberto: 31.860 (42,47% dos votos válidos)
Jader Carvalho: 5.869 (7,82% dos votos válidos)

Os seguintes candidatos a vereador foram eleitos: Pedro Lucas, Edimê Avelar, Bosquinho, Carlito, Bartolomeu, Amarildo, Dalva Mota, Itamar André, Batista Miúdo, Sílvio Gomes e Isaías.

sábado, 27 de setembro de 2008

In memoriam


‘‘Aqui se faz a vontade de Deus, como e quando Ele quiser.’’
O negócio é andar e rezar. Rezem por mim!

EDSON GERALDO GOMES (GEGÊ)


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Arborização urbana

Foto: Lívio Soares

Completa-se, nesta semana, um ano do Plantando Vida, programa instituído no âmbito do município de Patos de Minas pela Lei 5.848, segundo a qual todo recém-nascido receberia uma árvore de presente. A ação, que une esforços do poder público e iniciativa privada, visa conscientizar a comunidade e as futuras gerações sobre a importância do plantio de novas mudas para o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Breve nota

Com um certo atraso, conheci, nesse domingo (21/9), o novo shopping de Patos de Minas. Haviam me dito que o espaço era pequeno. Contudo, levando-se em conta o que é a cidade, achei que está, literalmente, de bom tamanho.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Notas (musicais)

Duas notas musicais – uma triste e uma feliz: a triste é a morte, como já sabido, de Rick Wright, tecladista, um dos fundadores do Pink Floyd. Morreu aos 65 anos; tinha câncer. Mas bem escreveu Eli Vieira: “Bye, Mr Wright. I can hear a great gig in the sky”.

A nota feliz é que terminou há pouco (às 22h), na Praça do Fórum, em Patos de Minas, o espetáculo Brasil Sertões, com o pianista Arthur Moreira Lima. O show começou às 20h35. A chuva ameaçou cair até poucos instantes após o início da apresentação, mas, por fim, não veio.

Moreira Lima executou clássicos populares de Mozart, Beethoven, Chopin e Liszt. Pixinguinha, Villa-Lobos, Astor Piazzolla e Radamés Gnattali também compuseram o repertório. O pianista terminou a apresentação executando o Hino Nacional Brasileiro.

A intenção do projeto Brasil Sertões é levar um repertório acessível a populações que de outro modo dificilmente teriam a oportunidade de assistir a esse tipo de manifestação. Bahia, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe são o roteiro do Brasil Sertões.

Arthur Moreira Lima é considerado um dos mais importantes pianistas brasileiros. Projetou-se internacionalmente no Concurso Chopin de Varsóvia. Foi também laureado nos concursos de Leeds (Inglaterra) e Tchailovsky (Moscou).

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Um hiato, Patos de Minas é assim.

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A queda de postagem no blog Marrecos Paturebas é um reflexo do que é Patos de Minas, uma cidade de hiatos. Entre muito pouca coisa e nenhuma novidade, um grande intervalo de quase nada. A intensidade é tamanha que a cidade já se acostumou a isto. Não há sinais de revolta, manifestações, inquietação, tudo é calmo, com a monotonia de sempre.

Desse modo, a qualquer momento surgirá uma notícia, por mais simplória que seja e será motivo de alarde e festa por toda Patos de Minas.
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sábado, 16 de agosto de 2008

Patos progresso

Esta semana o blog Patos hoje publicou a notícia abaixo:
“Empreendimento construído para ser o maior centro comercial da região está com os dias contados.
O 1ª Via Shopping foi inaugurado no início da década de 90 para ser o maior centro comercial da região. Mas depois de cerca de 15 anos o empreendimento corre o risco de perder de vez a característica original. O shopping pode dar lugar a um prédio de escritórios. A mudança vem ocorrendo há alguns anos e se acentuou com a construção de um novo shopping na cidade. A maioria das lojas que ainda existem aqui está de malas prontas para o novo empreendimento. Algumas liquidam toda a mercadoria para abrir a loja nova com mercadoria nova. De acordo com os lojistas até mesmo as salas de cinema vão deixar de exibir filmes aqui. E a mudança deve ser rápida. O novo shopping, construído onde funcionava o antigo estádio do Mamoré, deverá ser inaugurado no dia 04 de setembro. Quem quiser saber o destino do 1ª Via Shopping deverá esperar pra ver!”

E alguns poucos dizem que Patos é progresso. Interessante maneira (fechar ou quase fechar um lugar/ abrir outro) de a cidade crescer.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Eleições Municipais versus Figurinhas Repetidas

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Não que eu seja fissurado em novidades, mas até para repetições há um limite. As eleições municipais de 2008, em Patos de Minas, são um exemplo do que estou falando. São sempre as mesmas pessoas. Sempre.

Se aparece alguma cara nova, é filho, irmão, tio, sobrinho, genro, um monte de coisa, mas sempre da família dos políticos anteriores. É incrível. Nada de novo, nenhuma novidade, nenhum entusiasmo, a mesma mesmice de sempre.

Queria eu, ter um político novo nessa eleição que inspirasse o meu voto. Alguém com propósitos claros para as questões sempre presentes em nosso município como educação, segurança, saúde e direito ao trabalho digno.

Queria eu, ser estimulado a votar por um candidato que me enchesse de orgulho, que me fizesse enxergar que o passado realmente já passou e que agora é uma nova fase.

Queria eu.
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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sorte grande


A patense Cynara Cristina Domingues Alves Pereira, que atualmente reside em Itu (SP), foi contemplada com o caminhão de prêmios sorteado pela Rede Globo e o Magazine Luíza. De acordo com o regulamento, o ganhador pode presentear alguém com outro caminhão de prêmios, o qual Cynara endereçou à Igreja.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Unipam desmente denúncia de irregularidades

Leia nota divulgada pelo Unipam esclarecendo a matéria Sete faculdades de medicina são abertas sem autorização do MEC, publicada no UOL:
Em virtude da notícia publicada no site uol.com.br, sobre o Curso de Medicina, o Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) vem prestar os seguintes esclarecimentos:

1º - Trata-se de notícia cujas informações são em parte falsas e em parte equivocadas, tendo em vista que:

a) A Fundação Educacional de Patos de Minas (FEPAM), mantenedora do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), pertence ao Sistema Estadual de Ensino e, portanto, seus cursos são autorizados e/ou reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação;

b) O Conselho Estadual de Educação ao autorizar e/ou reconhecer cursos o faz com absoluto cumprimento da legislação educacional aplicável, mediante avaliação de qualidade pelo poder público estadual, conforme previsto na Constituição Federal em art. 209. Importa salientar que o Curso de Medicina do UNIPAM foi autorizado após avaliação que lhe deu conceito “A”;

c) A competência do Conselho Estadual de Educação está prevista na Constituição do Estado de Minas Gerais que fez uso da chamada competência concorrente, prevista na Constituição Federal, no seu artigo 24, inciso IX, o qual determina que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar, concorrentemente, sobre educação, cultura, ensino e desporto;

d) Existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN 2501 – na qual o Supremo Tribunal Federal deverá determinar se as instituições de ensino superior criadas pelo estado de Minas Gerais devem permanecer submissas ao Sistema Estadual de Ensino e, portanto, supervisionadas pelo Conselho Estadual de Educação ou devem passar a integrar o Sistema Federal de Ensino, sob supervisão do MEC;

e) O fato de o UNIPAM pertencer ao Sistema Estadual de Ensino nunca trouxe nem trará quaisquer prejuízos para os egressos dos seus cursos;

f) O artigo 48 da LDB dispõe que os diplomas registrados, oriundos de cursos superiores reconhecidos terão validade nacional, como prova da formação recebida por seu titular. Logo o Conselho Federal de Medicina não tem autorização legal para negar inscrição a bacharéis portadores de diplomas legalmente registrados.

2º - Oportunamente, se constatada má-fé na divulgação de quaisquer notícias que possam trazer intranqüilidade e conseqüentes prejuízos para o UNIPAM, serão tomadas todas as medidas legais cabíveis.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Sem palavras

Mais cedo, num dos bares da cidade, conferi show com o grupo Mistura Fina, que executa música instrumental. Os integrantes são Ivanir Rosa (baixo), Castor (bateria) e César Braga (piano digital). No repertório, clássicos do jazz, do samba e da MPB em geral. De Creedence Clearwater Revival, passando por Tom Jobim e Jorge Benjor, o repertório é executado com técnica e curtição pelos três experientes músicos.

Em conversa que mantive com eles depois da apresentação, disseram que têm a intenção de continuar com os shows. Além de realizarem o trabalho com música instrumental, é plano deles se juntarem a cantores e apresentarem mais uma faceta de seu trabalho. Já há apresentações agendadas com o cantor e músico Wilmar Carvalho. Nos dois primeiros shows por vir, vão apresentar músicas de Djavan (com Wilmar Carvalho, já se apresentaram no Teatro Municipal Leão de Formosa, em shows com clássicos de Caetano Veloso). Virão ainda apresentações com canções do Legião Urbana.

Os três são professores do Conservatório Municipal, onde se pode entrar em contato com eles.
(Também publicado no Liviano.)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Das verdades da vida

Cresci ouvindo que Patos de Minas é a “cidade progresso”. Bastava uma entrevista com alguma personalidade que logo vinha essa afirmativa. É fato que ela anda meio esquecida, mas vira e mexe ainda a escutamos por ai.

Mas daquele tempo de menino ainda somava-se outra afirmativa muito curiosa também, a que comparava Patos de Minas a Paris: - Patos ou Paris? Confesso que sempre fui muito curioso, mas essas questões sempre estiveram acima de minha capacidade investigativa.

Hoje, com mais tranqüilidade, leio e escuto o poeta patense Lívio Soares e entendo um pouco mais sobre as questões de minha cidade querida.

Patos de Minas.
Cidade incrível.
Aqui acontecem coisas
que só acontecem
em todo lugar.”
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Patense brilha em mundial de rally










O piloto Dautim Cimetta, da equipe Motocar/Honda, venceu o Rally Internacional dos Sertões 2008, em sua categoria. Com muita técnica, preparo físico e estratégia, o campeão deixou para trás mesmo veteranos de categorias superiores e cruzou a linha de chegada mais de oito horas à frente do segundo colocado.

Nesta edição, a competição foi ainda mais acirrada em função do cancelamento do Paris-Dakar, na véspera da largada, por razões de segurança. Terroristas teriam ameaçado a caravana da Mauritânia.

terça-feira, 1 de julho de 2008

"VIAGENS PROFUNDAS", DE ROSE GONÇALVES




Hoje, recebi correspondência que me deixou muito contente – foi-me enviado o livro “Viagens profundas”, de Rose Gonçalves.

Rose mora atualmente em Lavras/MG. Enquanto esteve em Patos de Minas, exerceu seu belo talento, dando aulas de canto e se apresentando em bares e restaurantes da cidade. Foi a partir de um encontro num bar que passamos a ter mais contato.

Rose tem passado por problemas de saúde. Em Lavras, conta com o apoio e a ajuda da família. Mas o bacana na história toda é que ela não larga mesmo mão de se agarrar à vida. A mais nova prova disso é o livro lançado por ela recentemente.

A obra reúne poemas escritos pela cantora. Foi publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, do Rio de Janeiro.

Rose, que já conferia voz e sentimento a versos alheios, decidiu conferir palavras e páginas a seus próprios sentimentos, à sua própria voz. Que a viagem esteja apenas começando.

(Também publicado em liviano.)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Dessas coisas que não entendo...

Para algumas questões, confesso, tenho dificuldade de compreensão. Talvez seja a idade, os cabelos brancos, já pensei até em fazer exame de vista, mas como sou contra qualquer tipo de exame, deixo sempre pra última hora. Também é certo que não sou um bom exemplo pra ninguém. Bem, mas o fato é que não entendo mesmo algumas questões. Estou aqui quebrando a cabeça pra saber o motivo da instalação do primeiro restaurante popular em Patos de Minas no início da rua Vereador João Pacheco, ao lado do Tiro de Guerra. A questão em dúvida é quanto ao local escolhido.

Sei que há um excelente motivo para isso, mas nas minhas contas ainda não consegui chegar a nenhuma conclusão. Deve ser a idade mesmo.
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terça-feira, 10 de junho de 2008

Bem-vindo, Marcos Rassi

Caro Rassi, é uma honra contar com você neste blog. Obrigado por aceitar nosso convite para que você participasse da feitura do Marrecos Paturebas.

Um brinde, pois.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Marrecos no Cerrado



Hoje, em entrevista concedida à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o Cerrado, ecossistema predominante em Minas Gerais e na região do Alto Paranaíba, precisa de uma política de preservação semelhante às que ocorrem a favor da preservação da Mata Atlântica e da Amazônia. Minc ressaltou a diversidade da vegetação e da fauna do Cerrado, mas reconheceu que é o bioma com menos áreas de proteção, comparando-se com a Mata Atlântica e a Amazônia.

Segundo Alice Amaral, que leciona no curso de biologia do Unipam, a preocupação com o Cerrado é relativamente nova – teve início no começo do século XXI. Segundo a professora, essa preocupação passou a ser maior desde quando o Cerrado foi incluído como sendo um dos “hotspots” – áreas importantes para que se preserve a biodiversidade na Terra.

Paulo Alex da Silva Carvalho, um dos integrantes deste blog, comentou recentemente que após assistir a matéria sobre a degradação do Rio Paranaíba, sentiu de modo nada vago o perigo de se destruir o ambiente. Que aprendamos a cuidar do que está perto da gente. Afinal, pisamos o Cerrado.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Marrecos no Paranaíba?

Ontem foi o dia mundial do meio ambiente. Em geral, quando se toca nesse assunto na mídia, me vem uma terrível sensação de impotência. É sempre o desmatamento na Amazônia, o aquecimento global, o protocolo de Kyoto, o crescimento econômico chinês e seu impacto ambiental etc.

Não foi o que senti quando vi a reportagem da rede integração sobre o rio Paranaíba. Era algo mais palpável, mais presente. Vi rostos conhecidos - estava lá o Cristiano, que foi professor de biologia aqui no Unipam - e paisagens familiares. É muito fácil lavar as mãos quando o problema está distante, mas quando ele se mostra tão próximo, os brios vêm à tona. Problemas que já conhecíamos, mas não havíamos visto tão expostos: despejo de esgoto sem tratamento, assoreamento, invasão de lavouras, garimpos. Ouvi da boca de um amigo meu, engenheiro agrícola e professor da Ulbra, que esteve numa expedição parecida com essa da reportagem:

-A maior agressão ao rio Paranaíba ocorre na região de Patos de Minas.

É bom lembrar que estamos em ano de eleição. Quem sabe algum candidato não nos brinda com um plano de recuperação do rio?

Abaixo um resumo da série exibida na tv integração, que foi ao ar na globominas - emissora da tv globo em Belo Horizonte.


Vale a pena ver também a entrevista do secretário do meio ambiente de Minas Gerais a respeito do tratamento que o esgoto sofrerá antes de ser lançado nos rios mineiros. Segundo ele, todo o esgoto mineiro - com exceção das cidades com até vinte mil habitantes - será tratado até 2015 (em 2015 o Aécio ainda vai ser governador? humm... deixa eu fazer as contas...). O primeiro entrevistado no vídeo não é o secretário. Ele é o segundo entrevistado, após a deselegante interrupção da Isabela Scalabrini.

Postei também no Palex


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Memória e História 2

Extraído do livro Chico Buarque: letra e música. Cia das letras, 2004. página 74:

“Nos meses que se seguiram ao festival da Banda Chico não parou um minuto. Era shows e mais shows, viagens e mais viagens. Colossi tinha que apanhá-lo em casa às quatro da manhã, antes que caísse na cama (“do contrário ele não ia”), e o rebocava para o aeroporto. Um desses compromissos o levou, com Toquinho e Ronald Golias, a Patos de Minas, onde lhes caberia animar a Festa do Milho. Houve lances cômicos, já na hora de tomar o avião. Deveria embarcar também um assistente do empresário, Renato Covello, o Renatão, mas com seus duzentos e tantos quilos ele não passou na porta do aparelho, um monomotor. (...) A festa em Patos de Minas foi num estádio de futebol. Só havia dois microfones, e como um deles pertencia ao estádio e o outro à rádio local, criou-se uma situação surrealista: quem estava no campo só ouvia a voz de Chico, sem acompanhamento, enquanto os radiouvintes tinham apenas o violão de Toquinho. O qual, aliás, ao final do espetáculo, estava cheio de milho, pois uma tradição da festa manda atirar grãos sobre os artistas, em lugar de aplaudir.”

segunda-feira, 2 de junho de 2008

CULTURA NA CULTURA

Rusimário Bernardes, um dos integrantes deste blog, é também poeta. Alguns de seus textos, ele os assina como Mário Nhardes.

Textos de Rusimário Bernardes podem ser lidos aqui.

Rusimário, em seu pseudônimo Mário Nhardes, já teve um de seus poemas divulgados na TV Cultura, no Provocações, de Antônio Abujamra. Caso queira escutar, gentileza clicar aqui.

Também publicado em Liviano.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Memória e História

A Fenamilho de 2008 vai chegando ao fim. Entretanto, a festa ou as festas ficam na memória de muitos, de diversas formas. Para aquele que gosta do agito, ela se presentifica de forma diferente do que para o comerciante, por exemplo. Para o historiador, ou para quem aprecia a História, a Fenamilho já apresenta outros aspectos.

Nas imagens abaixo, outras festas, de outros tempos. Imagens dos desfiles da Festa Nacional do Milho e, de quebra, a própria História de Patos de Minas. Na primeira e segunda imagens, vemos que o desfile acontecia na Major Gote, sentido contrário ao trânsito de hoje. Observe que o prédio ao fundo e em frente, na esquina, é ainda o mesmo, onde hoje está a NewColor. Outra marca que Patos já teve é o antigo Hotel dos Viajantes, bem visível à direita, também na esquina, hoje o Foto Heleno. Não tenho certeza da data, mas parece que as imagens são do final da década de 60.


As fotos abaixo já mostram o desfile na Getúlio Vargas, onde acontecem até hoje. Aqui as imagens são da Festa de 1976. Entre outras imagens, o antigo Colégio Sílvio de Marco, hoje Tiradentes, pode ser relembrado. Além disso, vale a pena, mesmo que as imagens não estejam com a qualidade das digitais, verificar os detalhes de nossa cidade e seu povo.


Fotos: arquivo pessoal.

Postado também aqui.

SHOW DO CAPITAL INICIAL

O Capital Inicial fez um belo show, ontem, em Patos de Minas. Em uma hora e meia, Dinho e trupe animaram o palco principal do Parque de Exposições.

Fui ao Parque por causa do show. Ainda assim, fui sem muita expectativa, meio que achando que assistiria a uma apresentação burocrática e muito parecida com o formato acústico a que o próprio Capital aderira, em 2000.

Contudo, foram espertos: para a garotada que conhece a banda desde o sucesso do acústico, canções como “Natasha” foram apresentadas, num arranjo muito parecido com o original; para os mais velhos (meu caso), canções como “Fátima” ou “Independência” não ficaram de fora do repertório. Fizeram “O passageiro”, versão da canção “The passenger”, do Iggy Pop. Essa já havia sido gravada pelo próprio Capital antes de o acústico ser lançado, mas, curiosamente, somente seria sucesso depois de relançada no Acústico MTV.

De gigantescos bonecos infláveis a chamas na frente do palco, além de um cuidadoso trabalho de iluminação, tudo contribuiu para o sucesso do espetáculo.

Renato Russo esteve presente, não somente no repertório de sucessos consagrados pelo Capital – caso de “Fátima”, por exemplo, que tem composição de Flávio Lemos (baixista do Capital) e Renato Russo. Do repertório do Legião, “Que país é este” e “Por enquanto” foram executadas. Uma outra cover possibilitou um outro belo momento do show – “Primeiros erros”, do Kiko Zambianchi, que estava no palco com o Capital há três anos, ocasião em que a banda esteve aqui.

Chamo algumas figuras do pop/rock de sobreviventes. Por sobreviventes, refiro-me àqueles que não se foram devido a uso excessivo de drogas ou que não morreram em decorrência da Aids. Gente como Roger Waters, Mick Jagger e Paul McCartney, para ficar em três exemplos. Sobreviveram à louca (e por vezes fatal) efervescência dos anos 60s e 70s. Gente fantástica como Hendrix ou Joplin, não. Tivemos por aqui os herdeiros musicais dessas décadas. Entre esses, há aqueles que não sobreviveram (caso de Cazuza ou Renato Russo) e aqueles que estão por aqui (Herbert Vianna, Lobão).

Não faço julgamento de valor ao usar o termo sobrevivente. Simplesmente acho bacana demais quando sobrevivem. E Dinho, do Capital, é um dos sobreviventes. Vida longa a ele.
(Também postado em liviano)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Enfim o Cefet

Estão abertas, até o dia 16 de junho, as inscrições para o processo seletivo para o curso técnico em informática que será oferecido pelo Cefet-Uberaba aqui em Patos de Minas. O edital completo do processo você encontra aqui.

Após um período de incerteza e boatos e subseqüente confirmação, chega, enfim, o tão esperado Cefet. Tão esperado porque Patos já merecia há muito tempo uma instituição de ensino federal. Resta agora saber quando seremos contemplados com um campus de alguma universidade federal. Cidades da região, com população menor e menos expressivas economica e politicamente, já conseguiram. Fica a pergunta aos nossos candidatos líderes políticos de plantão.

Postei também no Palex.


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Doçura e sabedoria



"Milho, planta primária da lavoura.


Fartura generosa e despreocupada dos paióis.


Canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece."



Esses versos de Cora Coralina (1889 - 1985) na voz do radialista Edson Geraldo já pertencem às tradições do mês de aniversário da cidade. Vale a pena conhecermos a Oração do Milho na íntegra:



Senhor, nada valho.
Sou a planta humilde dos quintais pequenos
e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso,
nasce e cresce na terra descuidada.
Ponho folhas e haste, e, se me ajudardes, Senhor,
mesmo planta de acaso, solitária,
dou espigas e devolvo em muitos grãos
o grão perdido inicial, salvo por milagre,
que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo,
de mim não se faz o pão alvo universal.
O justo não me consagrou Pão de Vida
nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial
dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e ascendência pobre,
alimento de rústicos e animais de jugo.


Quando os deuses da Hélade corriam pelos bosques,
coroados de rosas e de espigas,
e os hebreus iam em longas caravanas
buscar na terra do Egito o trigo dos faraós,
quando Rute respigava cantando nas searas de Booz
e Jesus abençoava os trigais maduros,
eu era apenas o bró nativo das tabas ameríndias.

Fui o angu pesado e constante do escravo
na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou a farinha econômica do proprietário, a polenta
do imigrante e a amiga dos que começam a vida
em terra estranha.
Alimento de porcos e do triste mu de carga.
O que me planta não levanta comércio,
nem avantaja dinheiro.
Sou apenas a fartura generosa
e despreocupada dos paióis.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado.
Sou o canto festivo dos galos
na glória do dia que amanhece.
Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos ninhos.
Sou a pobreza vegetal agradecida a vós,
Senhor,
que me fizestes necessário e humilde.
Sou o milho!

domingo, 25 de maio de 2008

Em branco

Em brancas nuvens, deixei passar o aniversário da cidade. A culpa foi daquele azul que tomou conta do céu nesse 24 de maio.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Da ignorância

Como a cidade está lotada, o trânsito está lento, principalmente no centro e em toda a extensão da Major Gote.

Na Padre Caldeira, eu estava em minha moto, próximo a um dos hospitais da cidade. Havia um motorista numa dessas caminhonetes grandes e modernosas com o som ligado muito alto. Quando eu ainda estava a uma esquina de distância, pude ouvir o som ligado.

Chegando próximo ao hospital, uma pitada de bom senso teria feito com que o sujeito diminuísse o volume da boate ambulante, o que não ocorreu. Como o trânsito estava engarrafado na estreita rua, ele deve ter ficado por uns dois minutos em frente ao hospital, com o som no mesmo volume. Transeuntes e lojistas olhavam para o motorista com expressão de quem se perguntava se ele não estava se dando conta do barulho desrespeitoso que estava fazendo. Cinco ou seis carros adiante, havia um policial militar numa moto. Chegando-a para o canto da rua, fez sinal para que os motoristas avançassem, quando o sinal ficou verde. Decidira abordar o motorista.

Por um instante, tive a tentação de ficar por perto, a fim de saber o que ocorreria, mas segui meu caminho.

Crime e castigo

O promotor de justiça Paulo Freitas informa em seu BLOG que o Ministério Público já ofereceu denúncia contra o acusado de ter assassinado a balconista no 1a. Via Shopping, capturado no mês passado. Denúncia é a peça que dá início à ação penal pública, assim como a petição inicial inaugura as ações privadas no cível. Se recebida pelo juiz, o réu poderá ser julgado por júri popular.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O Helicóptero

No meio da noite o helicóptero corta o céu da periferia. Seu feixe de luz fere com escuridão o orgulho de quem, ali, tem no caráter, sua maior riqueza.

Festa do Milho

Lembro-me de quando a Festa do Milho era para o povão. E olha que isso não faz muito tempo não. Naquela época o ingresso de acesso ao Parque de Exposições equivalia ao preço de uma garrafa de cerveja.

Os Shows começavam as 21:00 horas e antes das 22:30 horas já haviam terminado. Quando não estávamos interessados no Show, economizávamos o dinheiro aguardando os portões se abrirem, o que ocorria entre as 22:30 e 00:00 horas. Lá nas barraquinhas do fundão, as “Malvinas”, deixávamos todas nossas economias.

Hoje o acesso do povão ao Parque de Exposições foi restringido pelos preços altos, o valor do ingresso, dos produtos, das bebidas, tudo.

Ao povão restou uma retomada ao passado, onde a festa do milho verdadeiramente começou, na avenida Getúlio Vargas. Ainda bem que, na praça, a festa ficou melhor.

Show na praça




Ontem, na Praça do Fórum, ocorreu show com a banda Revolution, que é de Patos. No repertório, clássicos do pop/rock, como “Friends”, do guitarrista Joe Satriani, “November rain”, do Guns ‘n’ Roses e “Your Love”, da banda The Outfield.

Minutos antes do início do show, o público era pequeno, o que me levou a pensar que assim continuaria mesmo depois de iniciada a apresentação. Engano. Quando a primeira música do show começou (“The final countdown”, do Europe) a praça já estava lotada.

Após o show da banda Revolution, foi a vez de Renato Teixeira se apresentar.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Poluição visual

Como várias cidades, Patos sofre com a poluição visual. Um dos meios mais utilizados hoje na estrutura do marketing é o outdoor e, seguramente, há um excesso deles em Patos.

Guardadas as devidas proporções, São Paulo reduziu drasticamente o número de outdoors. A iniciativa dos políticos daquela cidade conta com a aprovação da população, que começa a redescobrir sua cidade, os contornos de uma outra São Paulo.

Tema sério e delicado - porque de um lado atinge um número significativo de trabalhadores e de outro trata da qualidade de vida - esse assunto deve (tomara) fazer parte da rotina política neste ano de eleições.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Transporte Coletivo em Patos de Minas

Nunca compreendi muito bem as justificativas para o atual modelo do Transporte Coletivo em Patos de Minas. O serviço prestado não justifica o alto preço da tarifa. Somente quem já parou num ponto de ônibus e esperou, esperou, esperou, sabe o quanto pode ser triste pagar por um serviço ineficiente.

Sempre dizem que os preços são altos em função do baixo número de usuários e também em função dos benefícios de meia tarifa para estudantes e de isenção legal para outros tantos.

Hoje em dia, somente quem não tem outra opção é que usa o transporte coletivo na cidade. Quem pode vai a pé, de bicicleta, moto-taxi ou de carro. Não acredito que o progresso esteja na adoção de sistemas usados nas grandes cidades e ou em soluções mirabolantes. Acredito na verdade universal do quanto mais simples melhor.

Uma solução bem prática seria a otimização do número de pontos (em alguns casos, temos pontos extremamente próximos uns dos outros), isso melhoraria o desempenho das linhas. Outra medida seria a adoção de linhas principais (corredores) que cortariam a cidade sendo interligadas pelas linhas dos bairros, garantindo a passagem do ônibus a cada quinze minutos nos pontos. A medida complementar e decisória seria a adoção de uma tarifa única e diária de 1 Real. O cidadão pagaria uma única tarifa no dia e teria direito de se deslocar para qualquer lugar da cidade, quantas vezes fosse necessário.

Neste cenário, de serviço rápido, eficiente e barato, a população iria corresponder, adotando o transporte coletivo definitivamente, colaborando para a melhoria de resultados da prestadora do serviço. O trânsito na cidade teria um ganho de qualidade na redução de veículos, ganharia o meio ambiente e, acima de tudo a população de Patos de Minas.

O que nos impede?

Resenha de "O livro dos nomes", de Maria Esther Maciel



“O livro dos nomes”, de Maria Esther Maciel, foi lançado na sexta-feira (16/5), em Patos de Minas.

O narrador apresenta em ordem alfabética os vinte e seis personagens que compõem a obra. A cada personagem são dedicados quatro breves capítulos.

Essa estrutura fixa é seguida ao longo da história. À medida que o leitor progride, vai tendo acesso ao mundo dos personagens, montando ele mesmo, leitor, a trama que vai construindo o caleidoscópio narrativo. O rigor da narrativa está em oposição ao mundo subjetivo dos personagens. Cada um deles tem seu nome explicado etimologicamente. Contudo, essa explicação, também integrante da estrutura do romance, já nos apresenta um jogo lúdico e poético que permeia toda a narrativa. Lúdico porque essa etimologia pode não ser correta. Nessa brincadeira de inventar – ou não – a etimologia para os nomes, Maria Esther Maciel, parodiando a lingugem enciclopédica, faz com que se lembre de Borges. Aliado a esse jogo lúdico, há o jogo poético, presente também nas etimologias dos nomes dos personagens. Assim, Catarina “faz do pudor a sua mais secreta malícia”; das que se chamam Irene, diz-se: “Há também registros de pessoas com esse nome que possuem uma tristeza serena”.

Personagem após personagem, a teia vai sendo tecida. O fio da palavra vai ligando a vida dos personagens. Nesse mosaico, sabe-se, por exemplo, ao se ler o “verbete” dedicado a Danilo que ele recebeu diagnóstico peremptório sobre uma doença, mas somente no “verbete” dedicado a Lídia, sua esposa, fica-se sabendo das circunstâncias que marcaram os últimos instantes de Danilo. De modo fatiado, o leitor vai tomando conhecimento das motivações e do universo de cada personagem. O mundo de cada um vai sendo destrinchado, desvelado. Lendo um pouco aqui e um pouco ali, o leitor vai compondo o todo, unindo os poéticos fragmentos.

Para os que nasceram nas regiões do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro, as referências espaciais são extremamente familiares: Patos de Minas, Lagoa Formosa, Serra do Salitre, Catiara e Araguari estão entre as cidades que aparecem no romance. Para os de Patos de Minas (onde nasceu a escritora), surge de imediato a familiaridade com os locais ou os pontos da cidade mencionados ao longo do livro. Se o espaço é interiorano, nem por isso a obra é bairrista.

Também poeta e ensaísta, Maria Esther Maciel nos brinda com “O livro dos nomes”, firmando-se como nome de importância na atual ficção nacional.

domingo, 18 de maio de 2008

Patos de Minas: minha cidade

Primeiramente agradeço aos organizadores/ mediadores do Marrecos Paturebas o convite para fazer parte desta equipe de articulistas. Espero contribuir com o blog, que já é sucesso.

Antes de escrever sobre o presente e especular a respeito do futuro de Patos, rememoro um livro que fez parte da educação de minha geração e, acredito, da geração de muitos patenses: Patos de Minas: minha cidade, de Oliveira Melo.

Mesmo com as críticas que o livro comporta, lembro-me de que no primário estudávamos (E. E. Marcolino de Barros) o livro a fundo. A idéia era que conhecêssemos o município e toda a sua história e que soubéssemos a formação de Patos, de suas lendas, de seu povo, enfim, o que era Patos de Minas.

Talvez houvesse nesse estudo uma orientação educacional da Ditadura, uma idéia de que deveríamos ufanar nossa cidade e, conseqüentemente, nosso país. Dúvidas agora surgem: em outras cidades, maiores ou menores, existiam livros semelhantes? Houve algum, por exemplo, ‘Uberlândia: minha cidade’ ou, ainda, ‘Unaí: minha cidade’? E se estudávamos sob orientação da Ditadura e agora ela não mais existe, o que se estuda hoje de Patos de Minas no Ensino Fundamental I (1ª a 4ª série)? Ou não é mais necessário estudar o local onde nascemos?

sábado, 17 de maio de 2008

Lançamento de livro

Ocorreu ontem, no Teatro Municipal, o lançamento de “O livro dos nomes”, de Maria Esther Maciel. A obra é publicada pela Companhia das Letras.

O professor Altamir Fernandes leu texto sobre a trajetória de vida da escritora, que é professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A seguir, a professora Helânia Cunha de Sousa Cardoso fez uma análise da obra. Por fim, a autora discursou.

“O livro dos nomes” é o mais recente livro de ficção de Maria Esther Maciel.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Há 34 anos...


Em primeiro plano, os professores Alfredo (de calça listrada!) e Altamir Pereira (de óculos) durante cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Patos de Minas - Fafipa (clique na imagem para ampliá-la).


A foto faz parte do acervo em exposição no Centro Administrativo do Centro Universitário de Patos de Minas desde 9 de maio, data em que se deu início às atividades comemorativas do 40° aniversário da FEPAM.

Patos ou Paris!



A foto acima faz parte de uma série de fotos noturnas que fiz da cidade. Já a idéia de se juntar imagem e texto faz parte de uma outra série, a que chamo de fotopoemas. Este acima está também em minha página pessoal.

A casa caiu!

Fonte: uai
Um acontecimento recente em Patos que merece destaque é a demolição de mais um casarão histórico. Dessa vez foi a casa de Farnese Maciel. Infelizmente, episódios como esse se tornaram comuns na rotina patureba. Não é o primeiro e, se nada for feito, é provável que não seja o último.

A boa notícia é que parece que algo está sendo feito. O promotor de justiça José Carlos de Oliveira Campos Júnior, que também é curador do patrimônio cultural municipal, tem a intenção de processar o atual prefeito, Antônio do Valle Ramos, por improbidade administrativa. O prefeito teria expedido um alvará autorizando a demolição, mesmo a casa fazendo parte do inventário do patrimônio histórico de Patos de Minas.

Mais sobre o caso você encontra aqui e aqui.

Postei também no Palex.

Olá

Idéias que talvez se tornem interessantes podem surgir em conversas informais, como as que ocorrem, por exemplo, nos bares. Bem verdade é que, infelizmente, muitas das idéias que surgem nos botecos são deixadas de lado assim que os idealizadores se despedem.

Graças ao Paulo Alex, a idéia de se criar um blog sobre Patos de Minas não foi apenas mais uma conversa abandonada e/ou esquecida em cima de uma mesa de bar. A idéia inicial era publicar uma espécie de jornal de pequena tiragem. Razões financeiras e praticidade fizeram com que mudássemos de idéia.

Assim, eis Marrecos Paturebas. A intenção é que se fale, também, sobre Patos de Minas.

Bem-vindos.