segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Transporte Coletivo em Patos de Minas

Nunca compreendi muito bem as justificativas para o atual modelo do Transporte Coletivo em Patos de Minas. O serviço prestado não justifica o alto preço da tarifa. Somente quem já parou num ponto de ônibus e esperou, esperou, esperou, sabe o quanto pode ser triste pagar por um serviço ineficiente.

Sempre dizem que os preços são altos em função do baixo número de usuários e também em função dos benefícios de meia tarifa para estudantes e de isenção legal para outros tantos.

Hoje em dia, somente quem não tem outra opção é que usa o transporte coletivo na cidade. Quem pode vai a pé, de bicicleta, moto-taxi ou de carro. Não acredito que o progresso esteja na adoção de sistemas usados nas grandes cidades e ou em soluções mirabolantes. Acredito na verdade universal do quanto mais simples melhor.

Uma solução bem prática seria a otimização do número de pontos (em alguns casos, temos pontos extremamente próximos uns dos outros), isso melhoraria o desempenho das linhas. Outra medida seria a adoção de linhas principais (corredores) que cortariam a cidade sendo interligadas pelas linhas dos bairros, garantindo a passagem do ônibus a cada quinze minutos nos pontos. A medida complementar e decisória seria a adoção de uma tarifa única e diária de 1 Real. O cidadão pagaria uma única tarifa no dia e teria direito de se deslocar para qualquer lugar da cidade, quantas vezes fosse necessário.

Neste cenário, de serviço rápido, eficiente e barato, a população iria corresponder, adotando o transporte coletivo definitivamente, colaborando para a melhoria de resultados da prestadora do serviço. O trânsito na cidade teria um ganho de qualidade na redução de veículos, ganharia o meio ambiente e, acima de tudo a população de Patos de Minas.

O que nos impede?

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Rusimário, bem-vindo. É uma honra para nós você participar deste blog.

Seu comentário de estréia me fez lembrar de um comentário feito recentemente pelo Paulo Alex, também integrante do Marrecos Paturebas. Escreveu Paulo Alex no blog dele: "Recentemente estive em Beagá. Ao retornar, para chegar à rodoviária de Belo Horizonte, peguei um ônibus. Tarifa R$1,50. Chegando a Patos, peguei outro ônibus, da rodoviária até minha casa. Tarifa R$2,00".

Curioso vocês dois terem mencionado o mesmo assunto - parto do princípio de que você não havia lido o texto do Paulo Alex no blog dele.

Concordo com o que você disse. E, por fim, há a questão do monopólio, que me parece ser também um entrave para a melhora.

Rusimário disse...

Lívio, penso que no dia em que o prefeito, os secretários municipais e os vereadores dependerem do transporte coletivo, a situação tende a mudar.

Do contrário não vejo alternativa, já que os desejos da população são raramente ouvidos.